sábado, 1 de março de 2014

Terceira Época: Capela da Telha



A construção da Capela da Telha se fez com o trabalho do índio Quixelô, sob a orientação dum padre missionário. Esse missionário podia ter sido um padre secular ou regular. E isto se explica em virtude de, desde 1681 até 1861, a Junta das Missões de Pernambuco enviar para o Ceara - então Vigário Forâneo do Bispado de Olinda - sacerdotes tanto seculares, como regulares.  Um padre jesuíta, dizem uns. Um padre carmelita afirmam outros.
A versão, porem, mais viável e provável é a do padre carmelita, pois foram os carmelitas que missionaram os índios Jucás, entre os anos de 1690 e 1700. Neste tempo, São Mateus era uma missão notável e já, em 1700, era arraial.
Em 1719, um padre carmelita continuou a obra de aldeamento dos Índios Quixelôs, já iniciada em 1707, pelo Pe. João de Matos Serra, o Vigário e Prefeito das Missões no Ceara. E os Quixelôs, uma vez pacificados e catequizados, permaneceram aldeados por longos anos, ate a formação do Povoado da Telha.
Uma grande circunstancia particular da época, nos vem coadjuvar a versão de ter sido um padre carmelita o missionário do Sitio Telha: A esposa do Comissario Geral Feitosa, Chamada D. Antônia de Oliveira Leite, tinha dos irmãos padres. Um era o vice-vigário do Recife. O outro, era i vigário de Goiana. Para esta cidade, ate 1750, se convergiam anualmente, as boiadas e cavalhadas dos fazendeiros do vale do Jaguaribe para serem vendidos, nas suas famosas feiras anuais. Havia um intenso intercambio de comunicações comerciais e familiares. Nesta cidade pernambucana, residiam os padres Carmelitas, de quem eram amigos os irmãos Feitosa, Lourenço e Francisco. Por interesses de ordem particular, os Feitosa gostavam mais dos Carmelitas do que de Jesuítas. E Iguatu e Jucás estavam situados nas circunvizinhanças dos seus domínios territoriais.
Os criadores colonos naos gostavam dos Jesuítas.
a) Porque protegiam os indígenas contra a escravidão e outros serviços desumanos, impostos pelos colonos, que muitas vezes, preavam os nativos nas suas aproprias aldeias.

b) Porque estavam sujeitos, por lei regia, a pagarem uma taxa lançada sobre os seus bens para o sustento do Hospital do Aquiraz. A cada passo, os criadores buscavam motivos e ocasiões para se eximirem do pagamento desse tributo imposto.
Nestes termos, o ouvidor Antonio Loureiro de Medeiros e Totalidade dos criadores de então andavam aliados aos missionários de outras ordens, antagonistas dos Jesuítas, para embaraçar a instalação do Hospício do Aquiraz em 1722.

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