quinta-feira, 6 de março de 2014

O Segundo Fato: Ensanguentadas as eleições. em 8 de dezembro de 1860



Por ocasião duma eleição para eleitores, deu-se uma luta entre duas parcialidades da qual resultou a morte de 14 pessoas de ambas as facções politicas, inclusive a do delegado de policia, saindo ainda deste conflito mais de trinta outras pessoas gravemente feridas. Conforme o costume de então e informações de pessoas fidedignas, foram as eleições realizadas, dentro do recinto sagrado da Matriz. O tiroteio iniciado na Igreja se findou em plena rua. Em meio a tudo isso,  é de ficar-se a pensar quão grandes não foram os vexames por que passou o segundo vigário de Telha, vendo sua Matriz ensanguentada pelos seus paroquianos, em cima das disputas politicas. Graças a Deus se foram esses tempos. Há quem diga que eram candidatos a Intendentes os cidadãos Alexandre Cavalcante e Domingos Felix Teixeira. Alexandre matou seu adversário Domingos. Um filho deste, por nome cândido  Vingou logo no momento a morte de seu progenitor, com um tiro de bacamarte. Do Icó, às presas, veio o Dr Rufino de Alencar para medicar os feridos.
Neste tempo o presidente da Província era, o Bacharel Antonio Marcelino Nunes Gonçalves, depois visconde de São Luiz; o Chefe de Policia, o Dr, Antonio de Brito Sousa Gaioso. Apos a tragedia, por ordem do governo, como foi acontecer, foi aberto o rigoroso inquérito... "A Justiça do Ceara te persiga".

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