sábado, 8 de março de 2014

Mons. José de Figueiredo Rocha: 1906 a 1941




Vigário cooperador por dois anos 1904 a 1906, com residencia em Quixelô. De todos os vigários desta prospera cidade este foi o que esteve, por mais tempo, regendo os destinos espirituais dos seus paroquianos, como pastor infatigável  O que Iguatu tem de bom no campo moral e social, intelectual e material deve, em grande soma, às canseiras e lutas daquela inconfundível figura sacerdotal que por 37 anos, viveu, nestes pagos.

São as seguintes as capelas construídas em seu frutuoso paroquiato:

1º Capela de Lages, hoje Acopiara, edificada em 1908. Aos 12 de outubro de 1921, foi essa capela desmembrada de Iguatu, por ter sido criada freguesia de Afonso Pena, por Dom Quintino Rodrigues de Oliveira e Silva - Bispo Diocesano de Crato, em visita pastoral

Capela de Acopiara hoje Igreja Matriz N. Sra. do Perpetuo Socorro Padroeira de Acopiara

Procissão de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro em Acopiara

Chegada de Padre Crisares a Acopiara em 1962

Fieis de Acopiara participando da Procissão da Padroeira de Acopíara

Capela de São Francisco de Assis hoje Igreja Matriz de São Francisco   2º  Paroquia de Acopiara

Obs. A igreja matriz de Acopiara tem exatamente 106 anos de edificada, enquanto a instalação de sua paroquia ela tem exatamente 93 anos.

2º Capela de São João Batista de Suaçurana, distrito de Iguatu, pertencente a paroquia de Senhora Sant'Ana, construída em 1911, exatamente 103 anos.



Capela São João Batista - Suaçurana - Iguatu

3º Capela Nossa Senhora dos Remédios Sitio Estrada, pertencente atualmente a paroquia Nossa Senhora do Perpetuo Socorro de Iguatu, construída em 1911, exatamente 103 anos

Interior da Capela N. Sra dos Remédios  (Festa do Jubileu de 100 anos)



Fachada da Capela totalmente tomada pelos devotos da virgem da Estrada








4º  Capela São Francisco, Novo Alverne, hoje pertencente a Paroquia de Nossa Senhora das Graças, nas Cohabs em Iguatu, construída em 1921, exatamente 93 anos.

5º Capela Nossa Senhora do Perpetuo Socorro - mais conhecida como a Capelinha do bairro Prado em Iguatu, foi a primeira Matriz da Paroquia do Prado, logo quando os Redentoristas chegaram ela servil de matriz para a nova paroquia que nascia pois ainda não tinham a atual igreja Matriz do Prado, aqui fazemos um apelo pela sua restauração pois ela e o sacrário da querida imagem de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, Dom João nos de o Nosso Santuário Diocesano. Edificada em 1924, exatamente 90 anos.


Festa de N. Sra. do Perpetuo Socorro - dia 08 de Setembro de 2013

Capelinha N.Sra. do Perpetuo Socorro no bairro Prado - Iguatu
6º Capela São Francisco Baixio dos Bastas, pertencente a Paroquia de Senhora Sant'Ana. edificada em 1939, exatamente 75 anos.

7º Capela Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, Varzinha, pertencente a Paroquia de Senhora Sant'Ana, Iguatu. edificada em 1936, exatamente 78 anos

8º Capela Nossa Senhora da Visitação, Sitio Areias, pertencente a paroquia de São Francisco segunda paroquia de Acopiara. edifica em 1937, exatamente 77 anos

9º Capela Santa Teresinha de Oiticica, pertencente a paroquia de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro de Acopiara, edificada em 1936, exatamente  78 anos.

10º Capela de Santo Antonio dos Pobres, Hospital Santo Antonio no bairro Santo Antonio em Iguatu, pertencente a paroquia Nossa Senhora do Perpetuo Socorro Bairro Prado em Iguatu, A Hospital Santo Antonio dos Pobres é um hospital da cidade de Iguatu, Ceará. Foi inaugurado em 6 de junho de 1930 por meio do Dr. Manoel Carlos de Gouveia. O hospital fechou em meados da década de 2000 e o prédio foi desapropriado, em 2007, pelo Governo do Ceará para reabrir a instituição como policlínica. edificado em 1937, exatamente 77 anos.

Hospital Santo Antonio dos Pobre - Iguatu

11º Capela São Sebastião, Distrito de Alencar, Iguatu, pertencente a Paroquia Nossa Senhora do Perpetuo Socorro no Bairro Prado em Iguatu, e uma de suas cinco regiões por ser um distrito de Iguatu e nos dias de hoje, uma nova paroquia, e pelas leis federais novo município  a primeira capela vem de tempos remotos onde naos nos consta a data de sua edificação, teve de ser demolida pois ficava no lugar onde hoje passa a linha de ferro, a atual capela foi edificada em 1940, exatamente 74 anos.

Capela São Sebastião - Alencar - Iguatu

Esta imagem da Capela de Alencar dedico a 2 alencarinos muito importante para mim são eles Miguel Pedro e Dona Maria José Matos

Ao todo  são 11 capelas filiais construídas no seu governo paroquial, onde milhares de iguatuenses foram atendidos, como os socorros espirituais de nossa fé.
Difícil esta de se dizer bem ao certo, o que foi  seu paroquiato, porque, ou por modéstia ou por carência de tempo, nada de escrito de sua vida paroquial deixou nos Livros de Tombo. Julgamos  pelas obras feitas, levada à posteridade. Digam isso o numero de capelas e de associações pias, edificadas e fundadas no seu governo paroquial.
Nasceu Mons. Coelho, no Sitio Caldas, Barbalha, em 1881, ordenado sacerdote em 30 de novembro de 1903. Nomeado vigário cooperador de Iguatu em 1904 a 1906, quando em fevereiro desse mesmo ano, tomou posse como pároco da paroquia de Senhora Sant'Ana ate 1942, como vigário colado.
O grande cura dessa terra que Deus julgou por bem Chama-loa eternidade em 1941, era de um pobre fidalgo, fronte erguida, olhar agudo e investigador, temperamento sanguíneo  palestras fluentes e jocosas  hospitaleiro, caridoso e de vida sacerdotal ilibada.
De sua caridade sacerdotal, falem os flagelados das secas dos anos de 1915, 1919, 1932,. A mão do pobre é o banco do céu. A Deus empresta, quem ao pobre dá.
Levou, por 37 anos, netas terras, uma vida de apostolo. Tombou como um herói  Faleceu como um justo. E atualmente, em Iguatu, quem não e afilhado de Mons. Coelho, é porem seu amigo e administrador.
Numa das paredes da sacristia da Matriz de Senhora Sant'Ana, encerrados numa urna, permanecem os restos mortais desse grande padre vigário de Iguatu.






Sobre o paroquiato dos três últimos párocos da Paroquia de Senhora Sant'Ana, deixamos de falar, por ainda os mesmo estarem vivos. E falar dos vivos entre vivos não é tarefa fácil  E coisa que coloca a gente em posição esquerda. Que falem os Pósteros.





                                     


Padre Raimundo Hermes Monteiro




Quem construiu a atual torre da Matriz foi essa vigário. Deve-se-lhe, também, a construção da capela do sitio Baú em 1896. A benção da imagem de São José, orago da capela, se deu na passagem do seculo, em 1900.

Mons. Francisco Rodrigues Monteiro: 1884 a 1889, Conclusão e Sagração da Matriz de Senhora Sant'Ana Cinco dias de grandes festas: 25, 26, 27 , 28 e 29 de agosto de 1886


Dia 25: Chegada do Sr Bispo Diocesano do Ceara, Dom Joaquim José Vieira às 16 horas da tarde. Ao seu encontro, foram 200 cavaleiros, à frente dos quais ia o vigário de Iguatu. O Sr. Bispo que vinha de São Mateus, e sua ilustre comitiva foram recebidos por grande massa popular que formava duas grandes alas, entre vivas e delírios coletivos. Em frente da casa onde se hospedou a autoridade diocesana, estava o maestro Aderaldo de Medeiros que fez a banda de musica executar bonitas tocatas. Ao mesmo tempo, plangiam os sinos da capela da Telha neste momento elevada ao categoria de Matriz, e repetidas girandolas cortavam os ares, trazendo tudo isto intensas alegrias  santas emoções aos iguatuenses.


Dia 26: Pela manha, o Sr. Bispo do Ceara, sob o patamar da matriz, acompanhado pela Irmandade do Santíssimo Sacramento e de alguns senhores de destaque social, foi recebido pelo vigário na porta principal da Matriz recém-concluída.Neste momento ditoso, foi o Sr. Bispo saudado pelo Capitão Nivardo Barreto de Carvalho e por um grupo de crianças das melhores famílias da terra. O vigário Oficiou a Santa Missa no rito tridentino (em Latim) com a assistência de S. Excia, e Revdma.  De noite, pregou para o povo católico dessa terra, o Pe. José Tomás de Aquino. Após o sermão, várias pessoas de famílias ilustres foram fazer sua visita ao seu pastor Diocesano.


Dia 27: Antes da Missa a professora Raimunda Teixeira e suas alunas, formando duas alas se dirigiram ate a casa onde se encontrava o senhor Bispo. Nesta ocasião, saudando seu pastor, falaram as alunas Dulcinéa Cavalcante filha do Capitão José Benício Cavalcante e a jovem Maria Barreto, filha do Capitão Nivardo Barreto de Carvalho. Falou, emfim, a professora D. Raimunda Teixeira. A todas essas manifestações carinhosas e de acatamento, agradeceu, comovido, o Sr. Bispo, seguindo todos para a Matriz, onde, com fé e inocência , comungaram as crianças e jovens da escola de D. Raimunda Teixeira.
Mais uma vez, o sermão da noite foi do Pe. José Tomás de Aquino.



Dia 28: Varias comissões de senhores compostas da câmara municipal, da agricultura, do comercio e conferencia de São Vicente de Paulo, foram fazer sua visita ao Sr. Bispo Diocesano. Falaram então  em nome das classes supracitadas,  os seguintes senhores: Capitães Manuel Cardoso Moreno é José Benício Cavalcante, os senhores: Alfredo Alexandrino e Joaquim Alves Teixeira.
Ocupou a tribuna sagrada na noite desse dia, o Pe. Cícero Romão Batista, então Capelão da capela de Nossa Senhora das Dores de Juazeiro, da Freguesia de Crato.








Dia 29: Ultimo dia de festa. Tivera lugar a benção do altar-mor, havendo grande convergência de fieis, notando-se o maior respeito em todo o ato e o mais vivo acontecimento por parte dos Iguatuenses  que viam coroados os seus desejos com a conclusão e sagração de sua Matriz. O sermão da missa esteve a cargo do Vigário de Ico, Pe. Manuel Francisco da Frota.


A noite, em frente da casa onde era hospede o ilustre Príncipe da Igreja Cearense, falou, em nome do povo iguatuense, o advogado Celso Lima Verde. Agradecendo-lhe e a todos os iguatuenses, apresentou as suas despedidas, o Sr. Bispo D. Joaquim José Vieira.
O padre Vigário de Iguatu, em vista de seu zelo sacerdotal e de grandes serviços prestados, foi agraciado pela Santa Sé com o titulo de Monsenhor. Nas suas lides paroquiais, teve dois padres cooperadores sucessivamente, o Pe. Agostinho Afonso Ferreira e Pe. Irineu Pinheiro Lôbo Menezes.
  

sexta-feira, 7 de março de 2014

Bom Jesus Piedoso do Quixelô






D.Quintino Rodrigues de Oliveira e Silva



Como Capela, Bom Jesus Piedoso dos Quixelôs, pertenceu a paroquia Nossa Senhora da Expectação do Ico, até o ano de 1832, quando por ocasião da criação da paroquia de Telha, em 1831, passou a mesma para os domínios eclesiásticos de Senhora Sant'Ana. Durante o paroquiato de Mons. Coelho, passou a igreja de Quixelô por uma grande reforma. Foi construída



toda a atual parte nova, onde se acham situados o Altar-mor e as naves laterais. Em 1921, aos 24 de outubro, foi criada freguesia, pelo 1º  Bispo de Crato, Dom Quintino Rodrigues de Oliveira e Silva, em Visita Pastoral.












DOM QUINTINO RODRIGUES DE OLIVEIRA E SILVA
Primeiro Bispo Diocesano de Crato-CE
10/03/1915 a 28/12/1929
DADOS BIOGRÁFICOS
Nasceu a 31 de outubro de 1863, na cidade de Quixeramobim. Foram seus pais Antônio Rodrigues da Silva e Maria Batista Vaz e Silva. 
Em março de 1881 matriculou-se no Seminário de Fortaleza, recebendo a tonsura a 30 de novembro de 1884; um ano depois recebia ordens menores e em 13/07/1886 era subdiácono. Recebeu o diaconato em 30 de novembro do mesmo ano e o presbiterato em 19 de junho de 1887, das mãos de D. Joaquim José Vieira, segundo bispo do Ceará.
Foi vigário de Missão Velha e depois professor e reitor (1893-1897) do Seminário São José em Crato. Assumiu a Paróquia Nossa Senhora da Penha em 23 de maio de 1900. Foi um dos responsáveis pelos passos iniciais que deram origem à Diocese de Crato em 1914.
Nomeado bispo de Crato, em 10/03/1915, foi sagrado em Salvador – Bahia, a 31 de outubro de 1915, pelas mãos de Dom Jerônimo Thomé da Silva, arcebispo Primaz do Brasil; foram co-consagrantes, Dom Manoel da Silva Gomes, primeiro arcebispo de Fortaleza e Dom José Tomás Gomes da Silva, Bispo de Aracaju-SE. Assumiu o pastoreio diocesano em 1º de janeiro de 1916. Seu lema episcopal era: Patientia et doctrina.  Foi co-consagrante de Dom Joaquim Ferreira de Melo † – Sacerdote  natural da Diocese de Crato nomeado Bispo da Diocese de Pelotas-RS em 1921. Dom Quintino faleceu no dia 28 de dezembro de 1929 em Crato.


DataIdadeEventoTítulo
31 Out 1863NascidoQuixeramobim
19 Jun 188622,6OrdenadoSacerdote
10 Mar 191551,4NomeadoBispo de Crato-CE
31 Out 191552,0OrdenadoBispo de Crato-CE
1º Jan 191652,4InstaladoBispo de Crato-CE
28 Dez 192966,2FaleceuBispo de Crato-CE

Pe. João Evangelista Batista Carneiro: 1879 a 1884




Foi durante o seu paroquiato que teve lugar, em julho de 1884, a visita pastoral do 2º Bispo do Ceara. D. Joaquim José Vieira. Foram , nesta época  crismados uns 2 mil Iguatuenses  entre adultos e párvulos. Já existiam 3 capelas na freguesia:
Bom-Sucesso, Quixelô e Pereiros.
O Sr. Bispo Diocesano deixou de visitar as capelas de Bom Sucesso, e dos Pereiros por serem insignificantes. Visitou porem a capela do Quixelô.


Tencionamos fazer, um estudo depois sobre Bom Jesus do Quixelô, detalhadamente. Iremos porém, dar alguns dados gerais.

Pe. José Ferreira da Silva: 1873 a 1877

 

Deste Pároco  apenas temos um documento, que e uma informação sobre o elemento servil da freguesia. Um oficio de 7 de abril de 1877, feito pelo pároco e endereçado ao presidente da Província  informava que, de 28 de setembro de 1871 a 13 de dezembro de 1876, foram batizados na Telha, 63 filhos de mulheres escravas e faleceram seis.

Padre Agostinho Afonso Ferreira



Por duas vezes, vigário de Iguatu. A primeira vez de 1869 a 1873. A segunda, de 1877 a 1879.
Em 1859, o Pe. Agostinho fundou  em Bom Jesus do Quixelô as Casas dos Penitentes. Havendo excesso de zelo, os Srs Bispos, seus superiores, recomendaram-lhe o fechamento das casas.
Durante seu ultimo governo paroquial, ocorreu a grande seca de 1877 a 1879, calamidade climatérica essa que trouxe muitas misérias e desolações em toda a província  sobretudo, nos sertões desprotegidos. Alem da fome, a peste. Uma desgraça sempre chama outra desgraça.
O obituário da Província acusou, em 1876, o numero de 118,927 cearenses ortos pela fome e doenças epidêmicas:  bexiga, varíola e sífilis. Os emigrados embarcados em Fortaleza foram de 26.875 pessoas. Essa emigração em massa teve por destino o norte, principalmente, o amazonas, onde milhares de cearenses, longe de sua terra-mãe, pereceram à minguá.
Em idade já bem avançada em 1903, faleceu em Bom Jesus do Quixelô, onde foi sepultado, Pe Agostinho, de saudosa memoria.


 

 

quinta-feira, 6 de março de 2014

Terceiro Fato: O cólera-morbus



A 05 de abril de 1862, declarou-se o cólera mórbus na  cidade do Ico, donde se propagou as vilas de Telha e Lavras etc, Essa doença perigosa de caráter epidêmico, apos ter feito algumas dezenas de vitimas em Telha, diminuiu a sua marcha desoladora em agosto do mesmo ano. Calculo-se, em toda a província do ceara, em 11 mil o numero de mortos pela cólera.
Ao responder a um oficio-circular do presidente da província  Dr. Antonio Marcelino Nunes Gonçalves, em janeiro de 1860, o vigário Drumond informava que os foros das terras da Santa Padroeira rendiam anualmente cem mil reis (100$000) e que tinha em caixa da freguesia a quantia de sessenta mil reis(60$000), dinheiro este recebido do tesouro provincial, para  guisamento da Matriz.
Faleceu o Pe. Antonio Luiz Vasconcelos de Drumond em 1868, tendo, por 23 anos, regido a paroquia da Telha.

O Segundo Fato: Ensanguentadas as eleições. em 8 de dezembro de 1860



Por ocasião duma eleição para eleitores, deu-se uma luta entre duas parcialidades da qual resultou a morte de 14 pessoas de ambas as facções politicas, inclusive a do delegado de policia, saindo ainda deste conflito mais de trinta outras pessoas gravemente feridas. Conforme o costume de então e informações de pessoas fidedignas, foram as eleições realizadas, dentro do recinto sagrado da Matriz. O tiroteio iniciado na Igreja se findou em plena rua. Em meio a tudo isso,  é de ficar-se a pensar quão grandes não foram os vexames por que passou o segundo vigário de Telha, vendo sua Matriz ensanguentada pelos seus paroquianos, em cima das disputas politicas. Graças a Deus se foram esses tempos. Há quem diga que eram candidatos a Intendentes os cidadãos Alexandre Cavalcante e Domingos Felix Teixeira. Alexandre matou seu adversário Domingos. Um filho deste, por nome cândido  Vingou logo no momento a morte de seu progenitor, com um tiro de bacamarte. Do Icó, às presas, veio o Dr Rufino de Alencar para medicar os feridos.
Neste tempo o presidente da Província era, o Bacharel Antonio Marcelino Nunes Gonçalves, depois visconde de São Luiz; o Chefe de Policia, o Dr, Antonio de Brito Sousa Gaioso. Apos a tragedia, por ordem do governo, como foi acontecer, foi aberto o rigoroso inquérito... "A Justiça do Ceara te persiga".

segunda-feira, 3 de março de 2014

Preço da mão de obra da construção da matriz da Telha

  

Foi orçada inicialmente a construção da Matriz da Telha em CR$ 1.780,00, havendo, durante a andamento dos serviços, uma ajuda custos e de gratificações de CR$ 1.080,00, perfazendo um total de CR$ 2.860,00. Essa era a importância que deveria ter sido despendida na construção de nossa matriz, conforme a escritura de contrato, passada a 22 de abril de 1853.



Igreja Matriz de Aracati

Igreja Matriz de São Bernardo
     
Igreja Matriz de Telha

                                                     
Igreja Sé Catedral de Sobral                                                                






  



Os vigários de Telha, Sobral, São Bernardo e Aracati, solicitavam, em 1853, ao presidente da província, meios pra continuação das obras encetadas de suas igrejas. Não dispondo a província de recursos para ocorrer às despesas de que reclamavam muito as igrejas, ia a presidência organizar, nas diferentes localidades, comissões para, invocando os sentimentos religiosos do povo, angariarem meios de reparar o seu templo. Em 1886 e que houve a sagração e conclusão da nossa atual Matriz, no paroquiato do vigário Mons. Francisco Rodrigues Monteiro.

O primeiro fato: Inicio da construção da Igreja Matriz , em abril de 1953





O nosso acerto é comprovado por um document de escritura de contrato, com data de 22 de abril de 1853, que, ainda hoje, se encontra no primeiro livro de notas da Vila Telha, em cartório local. O contrato abrange o seguinte: a comissão encarregada da construção; o empresario de obra; fontes de renda para a construção e preço da mão de obra.

Comissão encarregada:

Presidente: Pe. Antonio Luis Vasconcelos Drumond
Auxiliares: Major Bento Vilar de Carvalho
Capitão - Cândido Antonio Barreto
Capitão - Francisco Xavier das Chagas
Empresario da Obra: Antonio Rodrigues Viana

domingo, 2 de março de 2014

Padre Antonio Luis Vasconcelos de Drumond - 1845 a 1868



Em setembro de 1845, tomava posse da freguesia, como vigário colado de Iguatu, o Pe. Antonio Luis de Vasconcelos Drumond, nomeado por D. João da Purificação Margues Perdigão, que regeu a Diocese de Olinda Recife, por 30 anos. Em 1861, D Antonio Luis dos Santos, Primeiro Bispo de Ceara, o confirmou pároco de Iguatu, por ocasião de sua tomada de posse da Diocese do Ceara.
Três fatos de certa importância destacamos no governo paroquial do segundo vigário de Telha.


Padre Vicente José Pereira - 1832 a 1844





Com apenas seis meses de criada a paroquia, chegou-nos o primeiro pastor, provisionado vigário da Povoação da Telha pelo Sr. Bispo Diocesano de Olinda-Recife. Dele, nos restam poucos documentos. Um é a resposta a um oficio do presidente da província, Jose Martiniano de Alencar, que pedia informações  sobre a população da freguesia, em 1825. O então vigário do povoado de Telha, estimou o numero de habitantes em 4 mil e poucas pessoas. Neste mesmo documento, afirmava que era o primeiro vigário desta localidade.
Durante seu paroquiato, em 18 de setembro de 1832, ocorreu o assassinato dum amigo, o Tenente-Coronel Jose Cavalcante de Luna, juiz de paz da Talha, feito por ordem do sargento-mor, João Andre Teixeira Mendes, do Icó. Nestas eras de atraso e do trabuco, pode levantar o dedo quem não teve, nos sertões de ceara, bisavó e antepassados, cujos nomes podiam ter ficado inscritos no pé da forca.
Outro documento é um relatório particular, com data de 23 de outubro de 1836, dirigido ao Exmo. Sr.José Martiniano de Alencar, presidente da província, onde pedia garantias de vida. Tendo adquirido por compra um sitio, chamado "três Irmãos" na freguesia de São Mateus, estava impedido de tomar posse do mesmo, porque um famoso Jose Diniz preparava-lhe emboscadas para assassiná-lo. Neste documento, fala-nos finados Tenente Coronel  Jose Cavalcante de Luna, juiz de paz de telha e no Capitão Cosme de Araujo Frazão, um homem de bem, pacifico e dos mais afazendados do Quixelô. O Pe. Vicente Jose Pereira se encontrava aqui, desde os fins do ano de 1831, quando se deus a criação da paroquia de Santana

Paroquiato de alguns Vigários de Iguatu


Vigários Coadjutores (vigários paroquiais) Iguatu



















Segundo Mons. Assis Couto, consta do elenco desses religiosos os seguintes.


1º - Pe. Francisco Coriolano de Carvalho - 1863

2º - Pe. Agostinho Afonso Ferreira - 1866 a 1868

3º - Pe. manuel Sampaio - 1870 a 1871

4º - Pe. Tomé Alves Cabral - 1871 a 1974

5º - Pe. Antonio Batista Vieira - 1874 a 1875

6° - Pe. Joaquim Machado da Silva - 1884

7º - Joaquim Guedes Alcoforado - 1884

8º - Pe. Irineu Pinheiro Bezerra de Meneses - 1884 a 1886

9º - Pe. Agostinho Afonso Ferreira - 1886 a 1890

10º - Mons. José Coelho de Figueiredo Rocha - 1904 a 1906

11º - Pe. Francisco Leopoldo Fernandes Pinheiro - 1910 a 1911

12º - Pe. Raimundo Monteiro Dias - 1912

13º - Pe. Francisco de Assis Castro - 1913

14º - Pe. Agamenon de Matos Coelho - 1937

15° - Pe. Januário Ribeiro Campos - 1937 a 1940

16º - Pe. Aluízio Rocha Barreto - 1941 a 1945

17º - Pe. Silvino Moraes - 1946

18º - Pe. Jesu Flor - 1946 a 1947

19º - Pe. Francisco de Assis Couto - 1947 a 1949

20º - Pe. Ágio Augusto Moreira - 1949

21º - Pe. João Linhares de Lima - 1950 a 1951

22º - Pe. Francisco Luna Tavares - 1951 a 1952

23º - Pe. Newton Holanda Gurgel - 1951 a 1953

24º - Pe. Antonio Batista Vieira - 1954 a 1956

25º - Pe. José Gonçalves Landim - 1956 a 1966

26º - Pe. Afonso Queiroga da Silva - 1966 a 1979

27º - Pe. Cicero Gonçalves de Lemos - 2012

28º - Pe. Antonio Fernandes do Nascimento - 2012 a 2013

29º - Diac. Aleciano Manoel Alves - atual

De acordo com os assentamentos nos Livros de Tombo da paroquia, que se encontram nesta curia diocesana de Iguatu, foram ate o presente, vigários paroquiais de Iguatu e seus coadjutores, os sacerdotes supra mencionados, O Pe. Antonio Vieira Batista, não teve provisão de vigário paroquial, mas sob sua própria responsabilidade, durante dois anos, estiveram os trabalhos sociais da freguesia. Nesta ocupação, acolheu a provisão do Sr. Bispo Diocesano de Crato, D. Francisco de Assis Pires para vigário colado da paroquia Nossa Senhora da Expectação de Ico, em abril de 1956.