Data de Sesmarias do Pe. Manuel e mais religiosos do convento do Carmo, da reforma de Goiania, duma sorte de terras de três léguas de comprimento por uma de largura, no Riacho das Pedras, Riacho do Sangue hoje Solonópole, concedida pelo Capitão-Mor do Ceara, Gabriel da Silva Lago, em 19 de agosto de 1706
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
1º - em 1705, na Ribeira dos Icós
Datas e Sesmarias de Frei Miguel da Assunção, e mais religiosos Carmelitas de Nossa Senhora do Carmo, da reforma de Goiana Grande, Pernambuco, duma sorte de terras de três léguas de comprimento por uma de largura, no riacho do Gil, hoje da Prudencia, na Ribeira dos Icós, no Jaguaribe-Mirim, hoje Salgado, concedida pelo capitão-mor da capitania do Ceara, João da Mota em 21 de novembro de 1705. Na sua petição, os suplicantes alegavam necessitarem de terras para acomodarem os seus gados vacuns e cavalares que esmolas se davam a Nossa Senhora da Expectação e os traziam por terras alheias, recebendo muitas perdas.
Sacerdotes donos de terras, no Jaguaribe e Afluentes.
Segunda Época: Missão de Telha

Pelos dados e ilações históricas, colhidos em fontes paralelas, somos levados a crer a data do aldeamento dos índios Quixelôs, pode ser afixada aproximadamente entre os anos de 1707 e 1719. Dizem as fontes: Ao despontar o ano de 1700 era cura de São José de Ribamar, atual Fortaleza, o Pe. João de Matos Serra. Era na época esse sacerdote Prefeito das Missões e Vigário de toda a Capitania do Ceara, os Bispos de Olinda e Pernambuco, que faziam parte da junta da missões, enviava frequentemente sacerdotes, tanto do clero secular como do clero regular. A intenção do Bispado de Olinda era sempre de prover o bem espiritual dos colonos e dos silvícolas, esses padre precorriam a imensa vastidão do sertão cearense, de fazenda em fazenda, de sitio em sitio, de aldeia em aldeia, pregando, doutrinando, batizando, casando e catequizando os gentios nativos.
Como vigário que foi de todo o ceara, o dever do Pe. João de Matos Serra era visitar os seus paroquianos, os colonos e os indígenas. Assim é que o primeiro vigário da capitania, em 1707, já havia percorrido nossa região Jaguaribana, prestando grandes serviços, como sejam, situando e aldeando os Índios Quixelôs. Os índios Icós e Jucás nesse tempo já eram aldeados.
A ação benéfica e pacificadora da igreja, prestada por seus sacerdotes missionários, facilitou grandemente ao colono a administração dos índios Quixelôs, Assim, para governa-los servindo ao interesse da corte, foi, em 1719, nomeado Tenente-Coronel Gregório Martins Chaves. Este Tenente-Coronel , o primeiro administrador publico de Iguatu, foi dono de três datas de terras e sesmarias, na Ribeira do Jaguaribe, no rio Cariús, concedida pelo Capitão-Mor da Capitania, Manoel da Fonseca Jaime, todas elas no correr, do ano de 1717.
5º Donos de Terras, na Barra, Cavaco e Lagoa Redonda, em 1747
Imagem de N. Sra. das Graças - padroeira da Lagoa Redonda
Comunidade de Cavaco Comunidade da Barra
Datas de sesmarias dos Capitães Manoel Gomes Barreto e Manuel Pessoa da Silva, duma sorte de terras de três léguas de comprimento por uma de largura, na Ribeira do Jaguaribe,chamada de Ribeira do Quixelô, concedida pelo Capitão-Mor do Ceara, João de Teive Barreto, em 27 de julho de 1746. Nos limites deste sorte de terras, fala-se na Lagoa Redonda e na estrada que vai para a Missão da Telha. Os suplicantes em sua petição de que essas terras pertenciam a seus antepassados.
Ao mencionarmos os nomes locais dos primeiros sesmeiros, nas cercanias de Iguatu, procuramos nos restringir ao seguinte: primeiro, citar às datas de terras mais antigas, segundo, indicar as que se referem diretamente às duas primeiras épocas da formação dessa cidade.
Colonos portugueses e de raça cruzada, donos de datas e sesmarias, nas épocas Sitio Telha, Missão da telha, havia muitos espalhados pelos domínios dos Índios Quixelôs.
4º Dono de Terras, na Vila Cajazeiras e Itans, em 1731
Lateral da capela N.Sra . do Perpetuo Socorro - padroeira da comunidade
Datas sesmarias de Francisca de Araújo Filha e do seu pai capitão Manuel Araujo de Carvalho, de duas sortes de terras nas Itans, ribeira do Quixelô, concedida pelo capitão-mor da Capitania do Ceara, Leonel de Abreu e Lima, em 2 de julho de 1731. Essa datas de terras foram, pelos suplicantes, compradas a Lourenço Gonçalves de Moura e Teodósio Nogueira.
Os descendentes desta família ainda hoje se encontram na vila cajazeiras um das mais novas filhas desta grande família e a jovem Bianca que e secretaria da paroquia Nossa Senhora das Graças- na Cohab em Iguatu, grande pessoa dedicada a tudo o que faz, grande amiga do fundo do meu coração
3º Dono de Terras, no Trussu, Barra, nas Lagoas do Iguatu e do Baú, em 1720.

Nos Limites dessas datas, esta a ortografia legitima do termo Iguatu que era então escrito da seguinte maneira: AGOATU.
Há quem diga que o pé de lutas tremendas entre essas duas famílias Montes e Feitosa procedeu destas duas datasde terras: Barra e Lagoa do Iguatu. Foi, naquela época , o comissario geral, o dono de varias datas de terras. Um grande feudo.O maior sesmeiro do Ceara.
2º Dono de Terras, nos sítios Mutucas e Baú, em 1717
Missa da festa de São José padroeiro do Baú - 175 de devoção
Data e Sesmaria do tenente João Nogueira Ferreira, duma sorte de terras de uma légua de comprimento, no sitio Mutucas, concedida pelo capitão-mor da Capitania do Ceara, manuel Fonseca Jaime, em 8 de agosto de 1717. Nos limites dessa sorte de terras, temos as lagoas do Quixelô e o Sitio Baú.
1º Dono de Terras, nas proximidades de Iguatu , Itans,em 1706
Data e sesmaria de Lourenço Gonçalves de Moura e de Teodósio Nogueira, de uma sorte de terras, de três léguas de comprimento por uma de largura no riacho das Itans, concedida pelo capitão-mor do ceara, Gabriel da Silva Lago, em 24 de dezembro de 1706. Nos limites desta data, ala-se no gentio Quixelô e nas ilharcas de Francisco Nogueira.
Primeiros Colonos Donos de Terras nas Cercanias do Iguatu
A titulo de curiosidade e de ilustração, vamos fornecer, com prazer, a lista dos primeiros possuidores de terras nas imediações de Iguatu, conhecido então por Ribeira dos Quixelôs, Sitio Telha e Missão da Telha.
Antes porem de declinarmos os nomes dor primeiros moradores oficiais em nosso pagos, queremos levar ao conhecimento doe leitores amigos de que houve outros colonos aqui antes do anos de 1706. Isto é uma conclusão que nos vem dos estudos feitos das datas e sesmarias do estado do ceara.
Na primeira data oficial de terras, que logo mais falaremos ao mencionar seus limites,fala-se de Francisco Nogueira, em 1682,na Ribeira do Jaguaribe, nas Itans. Parece-nos que este colono e o tronco da família Nogueira, pois, são os seguintes os senhores com nome de Nogueira, residentes nas várzeas e margens do Jaguaribe: Teodósio de Nogueira, Antonio Nogueira de Figueredo, e João Nogueira Ferreira.
Outro Colono português, chamado sargente-mor João de Sousa de Vasconcelos, da Bahia, era possuidor de três datas de terras na Ribeira do Jaguaribe, uma destas, situada no Quixoá Nas suas petições de datas e sesmarias, endereçadas ao capitão-mor da capitania do ceara, Gabriel da Silva Lagos, em 1707 e 1708, alegava que era morador aqui há 25 anos e por isso pedia a confirmação, por novas datas, nas posses de terras concedidas a si e seus companheiros pelo governador geral da Bahia, Roque da Costa Barreto, em 1681 e 1683.
Primeira Época - Sitio ou Venda da Telha
Muitas coisas não nos dizem os anais históricos dessa época. O nome telha aparece, pela primeira vez num documento de 6 de fevereiro de 1720. O Comissário Geral, Lourenço Alves Feitosa, era possuidor de uma sorte de terras de três léguas de comprimento por uma de largura do Riacho Trussu, que deságua no Rio Jaguaribe, que foi-lhe concedida pelo capitão-mor da Capitania do Ceara, Salvador Silva Alves, a 06 de fevereiro de 1720. No documentos em apreço, os limites das terras do comissario, estão com as terras do sitio da telha.
Somos dos parecer de que Iguatu tenha recebido esse nome inicial por ser aqui local onde se fabricava essa peça de alvenaria que serve de cobertura para casas residenciais. Confirma esse nosso ponto de vista o fato de ainda existir, na boca do povo, um lugar encravado na cidade, denominado de "Lagoa da Telha", hoje parcialmente soterrado.
Venda: Duas coisas, a um só tempo, naqueles dias, expressava esse termo: casas de negocio e fazenda de criar. Uma cerca de pau-a-pique, à margem esquerda do Jaguaribe, guardava, lá pela era de 1680 aproximadamente, a morada dalgum colono afoito, de pazes feitas com os indígenas locais. Digo 1680, porque o primeiro colono dona da terra nas proximidades de Iguatu, foi de 1706. No seu documento, no ponto dos limites,fala-se do gentio Quixelô e nas Ilhargas de outro sesmeiro.
O nome de Venda pra Iguatu de antanho e bem viável. As margens e várzeas do Jaguaribe eram, na época, como hoje ainda, compostas de fazendas de criar. E negócios, também, sempre se faziam, dizem-nos as fontes paralelas. Pois bem, já em 1674, no vale do Jaguaribe, se faziam grandes suprimentos de gado ao exercito de João Fernandes Vieira. Uma partida, conduzida por João Barbosa Pinto, ajudante do Oficial, se compunha de 700 bois. No seculo XVIII (1789), já havia fazendeiros nas imediações do Icó, que possuíam quatro mil rezes.
Além disso afirma o Barão de Studart, que Iguatu já teve o nome de Venda.
Neste sentido temos que levar em conta o linguajar do povo, os termos sitio e fazenda, muitas vezes parecem se confundir. Assim quando perguntamos a alguém: pra onde vai fulano? a resposta e logo esta: vou para o sitio telha ou fazenda telha. Diante do que, parece-nos que não estamos fugindo a verdade hermenêutica dos vocábulos supramencionados.
O que porem e historicamente correto e que dominava o solo iguatuense os índios Quixelôs. Os seus domínios se confinavam com os índios Icós, e Calabaças, dos Jucás e dos Cariús. Eram os vizinhos. Viviam os Quixelôs numa zona privilegiada: terras férteis, lagos famosas, a caça a pesca, os frutos silvestres ... Pela posse dessas terras dadivosas, contra o elemento conquistador, ora as tribos limítrofes, ora o colono, lutava, com denodo, a indiada quixeloense.
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
Catequese dos Indígenas
Mediante a catequese da igreja, a cargo dos sacerdotes missionários enviados para o ceara pela junta das missões da capitania de Pernambuco, uma nova ordem de causas vai aos poucos surgindo entre os íncolas primitivos do solo cearense. Essa junta das missões, criada por carta regia de 07 de março de 1681,compunha-se do Governador de Pernambuco, do Bispo Diocesano de Olinda, do Ouvidor Geral e do Provedor da Fazenda. Era o órgão controlador das missões, no Ceara. Por sua vez, estava, essa junta de Pernambuco subalterna à junta das missões existente em Portugal.
No Ceara, enquanto não houve presídios regulares que pudessem tanger o estabelecimento do colono contendo gentios em qualquer contingencia, não se cuidou da catequese dos índios. A catequese então reduzia-se aos esforços de alguns padre jesuítas. Com a fundação da capitania do Ceara, por ordem regia de 1688, foram enviados os missionários catequistas, começando assim os primeiros e oficiais trabalhos evangélicos, procurando aldear e doutrinar os gentios. Convém notarmos que a Capitania do Ceara, recém-criada, estava subalterna a de Pernambuco até o ano de 1799, quando se deus a sua independência.
A ação salvífica e patriótica da igreja, aldeando, civilizando e cristianizando os aborígenes de índole nômade e hostil,fez-lhes surgir um novo modus-vivendi.
Desta maneira, foram por toda parte do Ceara, aparecendo os núcleos de civilização: aldeamentos, terras de missões, povoações, vilas e cidades.
Iguatu, nos seus primórdios de formação sócio-politico-religioso, não fez execução à regra do tempo. E nesta formação limiar, entraram em jogo, constituindo um todo, o nativo, o colono português e a igreja na pessoa dos seus ministros sagrados.
Assim, antes de ser o que hoje, foi dantes Iguatu: 1º Sitio Telha ou Venda Telha; 2º Missão da Telha; 3º Capela da Telha; 4º Matriz da Telha, hoje Iguatu. São portanto, quatro épocas distintas.
Primórdios de Iguatu
Na época em que os primeiros desbravadores dos sertões cearenses aportavam à estas terras situadas nas margens e afluentes do Rio Jaguaribe, já encontraram dominado o elemento aborígene. Era a indiada, despereça e varias tribos. As conhecidas historicamente de então eram as tribos dos Quixelôs, dos Jucás, dos Cariús e dos Icós, Calabaças e Inhamus.
Com o advento do colono civilizado, apesar das grandes e naturais barreiras iniciadas, se deu a fusão lenta do branco com o nativo, formando ambos, naqueles dias, a pequena célula mater da atual gente iguatuense.
E a data da inversão do colono português no sertões nordestino se remonta ao tempo da ocupação holandesa no norte brasileiro, entre os anos de 1631 - 1651. O litoral brasileiro ocupado pelos holandeses, com os seus vexames de guerra, forçou o português a povoar o interior, os sertões dantes desconhecido.
Todos os dias postaremos a verdadeira historia de nosso município de Iguatu, a verdadeira historia que poucos iguatuenses sabem.
Paroquia de Iguatu ( Sua formação Eclesiástica)
O presente estudo sobre os primórdios do Iguatu Eclesiástico não pode ser obra completa, por carência de dados históricos que dizem respeito à formação eclesiástica da Paroquia de Senhora Sant'Ana. Temos, pois, a intenção de acertar e de colocar, em quadro fiel os acontecimentos passados, ocorridos nestas terras iguatuenses.
Não podendo ser trabalho completo, rogamos, pois a quem se ocupar da leitura da mesma, que no custo de dois anos de pesquisa, a gentileza de nos advertir sobre qualquer erro ou omissão ou circunstancias importantes caladas do fato passado.
Alem disso, muitos nos auxiliaram as fontes paralelas dos acontecimentos históricos da época, ocorridos limítrofes Icó e Jucás.
Monografias de Monsenhor Francisco de Assis Couto
Monsenhor Francisco de Assis Couto
Monsenhor Francisco de Assis Couto, saudoso homem de cultura, ex vigário geral da diocese de Iguatu, falecido em 08 de setembro de 1979. Procurando perpetuar o renome daquele que, de sua passagem aqui na terra, deixou um rastro de recordações, representadas, especialmente nos cinco documentos que constituem sua memorável obre intelectual, descrevendo, com segurança, através de minuciosa e criteriosa pesquisa, a formação de Iguatu, a gênese de Iguatu.
São eles:
1º- Paroquia de Iguatu
2º - Gênese da cidade de Iguatu
3º - Diocese de Iguatu
4º - Historia do Ico
5º - Origens de São Mateus - hoje Jucás
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
VENERÁVEL ORDEM TERCEIRA DO CARMO um pouco Sobre a ordem
A Venerável Ordem Terceira do Carmo (ou chamada Ordem dos Terceiros Carmelitas) é um ramo da Ordem do Carmo composto pelo grupo de membros leigos dos Carmelitas da Antiga Observância, os quais encontram-se sempre unidos em comunhão espiritual e fraterna com os frades contemplativos e com as freiras de clausura da sua ordem religiosa.
Este ramo baseia-se, por norma, no carisma carmelita primitivo da Antiga Observância, ainda que partilhe a riqueza espiritual do ramo reformado por Santa Teresa de Ávila e São João da Cruz.
A instituição da Ordem Terceira do Carmo, depois também chamada de Venerável (devido ao facto de se tratar da maior ordem religiosa mariana), remonta ao tempo de São Simão Stock que, além de ter sido um importante empreendedor na constituição da Ordem do Carmo, foi quem recebeu das mãos de Nossa Senhora o Seu famoso Escapulário, sob a promessa de divinas graças que seriam concedidas aos seus confrades que o usassem com devoção.
De acordo com a tradição carmelita, Nossa Senhora anunciou-lhe: "Meu filho muito amado: eis o escapulário que será o distintivo da minha Ordem. Aceita-o como um penhor de privilégio, que alcancei para ti e para todos os membros da Ordem do Carmo. Aquele que morrer vestido deste escapulário, estará livre do fogo do inferno". A partir daí, São Simão Sotck passou a difundir, com toda a sua dedicação, esta piedosa devoção mariana pelo mundo inteiro, tendo inclusive sido ele o responsável pelo estender das graças do Escapulário aos leigos, e obtido, por parte da Rainha Celestial, especial proteção na fundação da Irmandade de Nossa Senhora do Carmo (no ano de 1251), acolhendo também os devotos leigos da comunidade e que passaram a participar dos grandes privilégios inerentes ao Escapulário.
É considerado, contudo, como fundador das Irmãs Carmelitas de clausura e da própria Ordem Terceira do Carmo, o Beato João Soreth. Na realidade, tal deve-se ao facto de que, em meados do século XV, apesar dessas comunidades religiosas já existirem, estas viviam sem Regra definida e foi ele quem deu-lhes a devida forma canônica. Foi o Beato João Soreth quem, na primeira pessoa, empreendeu todos os esforços necessários e obteve do Papa a aprovação dos estatutos legais e o reconhecimento da Ordem das Irmãs Carmelitas de clausura e da Ordem Terceira do Carmo (sendo esta última composta maioritariamente por homens e mulheres leigos, mas que estão ligados espiritualmente, e de modo bastante particular, aos restantes membros da Ordem do Carmo).
Este ramo baseia-se, por norma, no carisma carmelita primitivo da Antiga Observância, ainda que partilhe a riqueza espiritual do ramo reformado por Santa Teresa de Ávila e São João da Cruz.
A instituição da Ordem Terceira do Carmo, depois também chamada de Venerável (devido ao facto de se tratar da maior ordem religiosa mariana), remonta ao tempo de São Simão Stock que, além de ter sido um importante empreendedor na constituição da Ordem do Carmo, foi quem recebeu das mãos de Nossa Senhora o Seu famoso Escapulário, sob a promessa de divinas graças que seriam concedidas aos seus confrades que o usassem com devoção.
De acordo com a tradição carmelita, Nossa Senhora anunciou-lhe: "Meu filho muito amado: eis o escapulário que será o distintivo da minha Ordem. Aceita-o como um penhor de privilégio, que alcancei para ti e para todos os membros da Ordem do Carmo. Aquele que morrer vestido deste escapulário, estará livre do fogo do inferno". A partir daí, São Simão Sotck passou a difundir, com toda a sua dedicação, esta piedosa devoção mariana pelo mundo inteiro, tendo inclusive sido ele o responsável pelo estender das graças do Escapulário aos leigos, e obtido, por parte da Rainha Celestial, especial proteção na fundação da Irmandade de Nossa Senhora do Carmo (no ano de 1251), acolhendo também os devotos leigos da comunidade e que passaram a participar dos grandes privilégios inerentes ao Escapulário.
É considerado, contudo, como fundador das Irmãs Carmelitas de clausura e da própria Ordem Terceira do Carmo, o Beato João Soreth. Na realidade, tal deve-se ao facto de que, em meados do século XV, apesar dessas comunidades religiosas já existirem, estas viviam sem Regra definida e foi ele quem deu-lhes a devida forma canônica. Foi o Beato João Soreth quem, na primeira pessoa, empreendeu todos os esforços necessários e obteve do Papa a aprovação dos estatutos legais e o reconhecimento da Ordem das Irmãs Carmelitas de clausura e da Ordem Terceira do Carmo (sendo esta última composta maioritariamente por homens e mulheres leigos, mas que estão ligados espiritualmente, e de modo bastante particular, aos restantes membros da Ordem do Carmo).
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